sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010 - Um ano de grandes descobertas a nível da detecção de exoplanetas

Agora que 2010 está quase a terminar, é de notar que este ano foi marcado por uma extraordinária quantidade de descobertas astronómicas relativas à procura de planetas extrasolares.

Com efeito, foram desenvolvidas novas técnicas de detecção de exoplanetas e estudo das suas atmosferas, o número de exoplanetas agora conhecidos ultrapassou os 500 devido essencialmente ao VLT e à sonda Kepler, e o número de planetas pequenos e possivelmente perto ou até dentro das zonas habitáveis das suas estrelas-mãe conhecidos tem vindo a aumentar.

Assim, deixo-vos aqui um link para as principais notícias deste ano:

05/02/10 - Nova técnica para detectar planetas extrasolares "tipo-Terra"
19/03/10 - Medido o primeiro exoplaneta temperado
13/04/10 - "Poluição" estelar sugere que planetas rochosos são comuns
16/04/10 - Modesto telescópio terrestre fotografa três exoplanetas
21/05/10 - Hubble descobre uma estrela a comer um planeta
11/06/10 - Exoplaneta apanhado em movimento
18/06/10 - Kepler divulga dados acerca de 306 potenciais exoplanetas
25/06/10 - VLT detecta primeira super-tempestade num exoplaneta
20/07/10 - Novo método de pesquisa extrasolar pode descobrir planetas tipo-Terra
30/07/10 - Descobertos exoplanetas numa íntima dança em torno de estrelas subgigantes
27/08/10 - Descoberto o sistema planetário mais rico em planetas conhecido até agora
27/08/10 - Missão Kepler da NASA descobre dois planetas que transitam a mesma estrela
03/09/10 - Espectro de jovem exoplaneta gasoso contém resultados surpreendentes
21/09/10 - Descoberta de exoplaneta habitável poderá ser anunciada em Maio de 2011
01/10/10 - Recém-descoberto exoplaneta pode ser o primeiro realmente habitável
19/10/10 - Caçadores exoplanetários já não cegam devido à luz
23/11/10 - Descoberto planeta de origem extragaláctica
10/12/10 - Astrónomos detectam primeiro exoplaneta rico em carbono
14/12/10 - Fotografado primeiro sistema com quatro exoplanetas
21/12/10 - Mundo extraterrestre pode estar mesmo em zona habitável



Fonte: "Astronomia Online", Núcleo de Astronomia do CCVAlg

Feliz 'Mais uma volta da Terra em torno do Sol'! :)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Top 6 das descobertas relacionadas com a astronomia no ESO

  1. A Aceleração do Universo: Duas equipas de investigação independentes comprovaram através do ESO que o Universo continua a acelerar através da observação de estrelas que "explodiam" no telescópio de La Silla; 
  2. Primeira imagem de um exoplaneta: O VLT foi o primeiro telescópio do mundo a captar a primeira imagem de um planeta fora do nosso Sistema Solar. O planeta com 5 vezes mais a massa de Jupiter que orbita á volta de uma anã castanha volta de uma estrela a uma distância de 55 vezes superior á distância Terra-Sol.
  3. Estrelas que Orbitam o buraco negro da Via Láctea: depois de um estudo de 16 anos, foi possível obter a imagem mais detalhada do que está á volta do "monstro" que se encontra no coração da nossa galáxia, um buraco negro supermassivo.
  4. Relação entre os raios gama e a explosão de super-novas: Os telescópios da ESO deram provas de que os raios gama estão interligados com a explosão das estrelas massivas. 
  5. A Estrela mais velha da Via Láctea: Através do VLT, os astrónomos descobriram a estrela mais velha conhecida na nossa galáxia, com 13.2 mil milhões de anos.
  6. Objecto mais distante descoberto: O VLT descobriu o objecto conhecido mais distante do Universo. 


Pedro Magalhães

    Very Large Telescope- VLT


    O VLT, tal como eu já referi na minha publicação anterior é um telescópio que pertence ao ESO, European Southern Observatory.
    O Very Large Telescope, não é só um telescópio, mas um conjunto de 4 telescópios individuais, cada um possuidor de um espelho de 8.2 metros de diâmetro e 4 telescópios auxiliares móveis com espelhos de 1.8 metros de diâmetro cada. Estes telescópios podem funcionar separados em grupos de dois ou de três funcionando assim como um "interferómetro", o VLTI (Very Large Telescope Interferometer) que permite aos astrónomos a detecção de detalhes dos objectos que pretendem observar com uma precisão até 25 vezes superior ao que se poderia observar com um telescópio individual.
    No VLTI, a luz que é recebida é combinada sob o solo através de um complexo sistema de espelhos, conseguindo então reconstruir imagens com uma resolução angular do mili-segundo, o que equivale a ver os faróis de um carro na Lua. 
    Os telescópios com os espelhos de 8.2 metros (chamados Antu, Kueyen, Melipal e Yipun, sendo estes nomes com significados especiais que vocês podem saber nesta página: http://www.eso.org/public/teles-instr/vlt/vlt-names.html)  podem ainda ser utilizados individualmente e obter imagens de objectos que são 4 mil milhões de vezes mais ténues do que aqueles que conseguimos ver a olho nu.
    O VLT possui também câmaras multi-canal de grande campo,
    câmaras e espectrógrafos corrigidos por óptica adaptativa, assim como espectrógrafos multi-objecto de alta resolução, cobrindo uma extensa região do espectro.
    Para mais informações, visite o seguinte site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Very_Large_Telescope




    Pedro Magalhães

    ESO- European Southern Observatory (Observatório Europeu do Sul)

    Um dos mais importantes e produtivos observatórios intergovernamentais da Europa, o ESO é um dos maiores contribuintes para a investigação em Astronomia do Mundo.O ESO disponibiliza para os astrónomos, astrofísicos e astrobiólogos tecnologia de ponta para a concretização de diversas investigações, sendo que estas infra-estruturas de investigação são financiadas pelos vários países da Europa, de entre os quais Portugal faz parte em conjunto com 13 outro países Europeus.
    O ESO foi originado em 1962 com o propósito de estudar o céu nocturno do Sul, e é famosa por possuir um dos mais avançados e potentes telescópios do mundo, tal como o "New Technology Telescope" (NTT)
    o telescópio que foi o pioneiro das tecnologias de óptica, e o "Very Large Telescope", um telescópio com um vidro de telescópio de 8 metros de diâmetro  e mais quatro telescópios auxiliares com uma lente de 1.8m de diâmetro que se encontra localizada no Chile a 2600km de altitude, num lugar próprio onde os chove quase um dia por ano, característica propício á investigação de Astronomia (já que se podem observar as estrelas nitidamente devido á falta de elementos climáticos como nuvens que impedem uma visualização decente do céu nocturno).

    Para saberem mais sobre esta organização, visitem o site oficial da ESO:
    http://www.eso.org/public/portugal.html


    Pedro Magalhães