quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma Grande Lua no Céu.

O mundo pôde observar a maior lua cheia das últimas duas décadas no passado dia 19. Como é véspera de equinócio, quem paga é a Páscoa, que se vê este ano empurrada para mais tarde no calendário.
No dia 19 de março, a lua apareceu invulgarmente maior, porque ficou tão próxima da Terra como não acontecia há 18 anos, explicou à Lusa Rui Jorge Agostinho, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
O fenómeno de aproximação da Lua à Terra é designado perigeu (oposto ao apogeu , quando está mais afastada), explica-se por a órbita deste satélite não ser circular, mas elíptica, e não é invulgar, acontecendo todos os anos.
O que aconteceu de extraordinário este ano é explicado pelo astrónomo: “A forma da elipse, a excentricidade da elipse, varia periodicamente, às vezes é mais alongada, outras mais curta. Alguns dos perigeus que ocorrem sucessivamente são mais próximos do que outros”.


“A coincidência é haver um perigeu desses muito próximos e que também coincide com a lua cheia, e isso dá uma lua maior do que o habitual”, acrescentou.


segunda-feira, 14 de março de 2011

Métodos de Detecção de Exoplanetas


Apesar da dificuldade, já existem imagens directas de planetas, obtidas em infravermelho.
Estas foram possíveis utilizando diversas técnicas, como o uso de coronógrafos, instrumentos que realizam eclipses artificiais da estrela. No entanto, os astrónomos têm vindo a desenvolver vários métodos de detecção de exoplanetas. Os mais promissores são a Astrometria, a Velocidade Radial, o Trânsito de Planetas e as Microlentes Gravitacionais, embora existam outros.
Devido a todos estes métodos, foram já descobertos até à data 528 exoplanetas.
Como podemos constantar através da análise do gráfico abaixo, que representa o número de exoplanetas descobertos em cada ano, até 2010, as descobertas de exoplanetas têm vindo a aumentar exponencialmente, o que se deve essencialmente ao rápido desenvolvimento tecnológico dos últimos anos.




Nos próximos posts iremos dar uma explicação acerca de cada um dos métodos utilizados na procura de exoplanetas.


 



Métodos de detecção de Exoplanetas - Lentes Gravitacionais

Lentes Gravitacionais

Sabemos que o campo gravitacional de um corpo atrai outros corpos materiais. Isso é conhecidos há muito tempo e foi formalizado com as leis da gravitação clássica, de Newton. Um campo gravitacional suficientemente intenso também é capaz de desviar a trajectória da luz. A explicação mais adequada para este fenómeno vem da Teoria da Relatividade Geral: a gravidade muda a geometria do espaço (do espaço-tempo, na verdade) localmente. Ou seja, onde há um campo gravitacional forte, o espaço curva-se e a luz segue então uma trajectória igualmente curva no espaço em torno de um objecto massivo.

Este fenómeno cria 2 imagens do mesmo objecto repetidas de uma mesma fonte, sendo que o objecto que causou os desvios nas trajectórias da luz é visto entre as duas imagens, em azul. A parte da esquerda da figura mostra a situação física real, na ausência deste efeito gravitacional, a que chamamos de lente gravitacional. Este termo é próprio, pois o campo gravitacional do objecto situado no caminho entre a fonte e a Terra funciona como uma lente.


Lentes gravitacionais


Relativamente aos Exoplanetas, o efeito das Micro-lentes Gravitacionais acontece quando os campos gravitacionais de um planeta e o da estrela hospedeira agem de modo a magnificar a luz de uma estrela distante que esteja no fundo do céu. Para que o efeito ocorra, o planeta e a estrela devem passar quase directamente entre a estrela distante e o observador. Uma vez que esses eventos são raros, um número muito grande de estrelas distantes deve ser monitorizado continuamente de modo a permitir a detecção de planetas a uma taxa razoável. Além disso, também não é possível repetir os experimentos que utilizam esse método, devido à raridade com que ocorrem.

Este é o método mais promissor para os planetas que se encontram entre a Terra e o centro da nossa galáxia, já que as partes centrais da Via-Láctea tem um enorme número de estrelas distantes que podem causar este efeito


Ficheiro:Gravitational micro rev.jpg

Para quem estiver interessado em perceber melhor este método pode ver este vídeo (em inglês) que explica bem como se desvia a luz num corpo com uma grande massa.

Este método foi desenvolvido em parte graças à Teoria da Relatividade de Einstein e a curvatura no Espaço-Tempo, que afirmava que corpos com grandes massas poderiam chegar mesmo a criar curvaturas nos raios de luz que passassem nas suas imediações.


Fontes:

http://astronomychamber.wordpress.com

www.if.ufrgs.br/oei/cgu/gravlens.htm

molckwick.com

wikipedia.com


Parabéns Einstein

Nascido a 14 de Março de 1879 em Wuttemberg. na Alemanha, Albert Einstein faria hoje 132 anos se estivesse vivo.
Foi através de um dos seus princípios da Teoria da Relatividade que o Método de Lente Gravitacional foi fundamentado, pois é formada devido a uma distorção no Espaço-Tempo causada pela presença um corpo de grande massa entre uma estrela e um observado.

Hoje, o seu cérebro encontra-se congelado na Universidade de Princeton e analisado por cientistas

A parte do Lobo Parietal Inferior era 15% superior à media que se encontra num cérebro normal (responsável por sintetizar a informação vinda de várias regiões do cérebro"




"Deus não joga aos dados com o Universo"


einstein tongue



Fontes:

www.aip.org
Wikipédia.com
neuroskills.com
nobelprize.org

domingo, 13 de março de 2011

Alunos Portugueses descobrem novo asteróide

Alunos de 15 escolas portugueses participaram nas últimas campanhas de procura de asteróides promovidas pela International Asteroid Search Collaboration (Colaboração Internacional para a Procura de Asteróides). Durante a campanha, que decorreu de 13 de Dezembro a 21 de Janeiro (All Portugal Campaign) dezenas de objectos foram observados. Na campanha que decorre de 24 de Janeiro a 11 de Março (Campanha Internacional), pela primeira vez em Portugal, escolas participantes, descobriram novos asteróides. Um deles, terá nome português, o 2011

http://aia2009.files.wordpress.com/2011/02/vesta_asteroid.jpg



Já participaram 15 escolas portuguesas nesta colaboração internacional. A International Asteroid Search Collaboration (IASC) é um programa de ensino e divulgação científica que permite aos estudantes das escolas participantes a participação num importante programa da NASA. A partir do estudo de imagens obtidas por vários telescópios os estudantes contribuem para a detecção e determinação das órbitas de objectos cuja órbita é muito próxima do nosso planeta, os NEO (Near Earth Object). Este programa internacional é extremamente concorrido, havendo escolas de todo o mundo a participar. Patrick Miller, o coordenador internacional do projecto, após o sucesso das primeiras participações portuguesas, decidiu premiar os estudantes portugueses fazendo anualmente pelo menos uma campanha dedicada em exclusivo às escolas portuguesas e assim nasceram as “All Portugal Asteroid Search Campaign”.


Participações portugueses:
  • Leonor Cabral -- Escola Secundária da Cidadela
  • Maria José Calado -- Escola Secundária de Sacavém
  • Paula Furtado -- Escola Básica 2,3 Matilde Rosa Araújo
  • Ana Costa and Rita Guerra-- Escola Secundária 2,3 de Alvide
  • Nelson Correia -- Escola Secundária Maria Lamas
  • Maria dos Prazeres Guedes and Maria Emília Guimarães-- ESB3 Fernão de Magalhães
  • Nuno Figueiredo -- Escola Básica Duarte Lopes
  • Duarte Januário -- Escola Secundária Augusto Gomes
  • Sandra Jorge -- Colégio Campo de Flores
  • Carla Direitinho -- Escola Básica 2,3 D. Martinho Vaz de Castelo Branco
  • Célia Miranda -- Escola Secundária Sebastião e Silva
  • Margarida Alves --- Escola Secundária do Marco de Canaveses
  • Manuela Gomes, Fátima Aguiar e Nuno Caetano - Agrupamento de Escolas de S. João Da Talha
  • Penélope Coelho -- Escola Básica 2,3 de Alapraia
  • Tânia Pinto -- Escola Básica 2,3 Bernardino Machado

O Asteróide 2011 BG16 terá nome Português




Para mais informações: cienciapt.net

sexta-feira, 4 de março de 2011

Planetas com a mesma órbita.






Entre os dados reunidos até ao dia de hoje pelo telescópio Kepler foram encontrados uns bastante interessantes: um sistema planetário que possui dois planetas aparentes que partilham a mesma órbita em torno da sua estrela central.

No provável caso de esta descoberta ser confirmada irá representar um fundamento necessário para apoiar a teoria "Big Slpash" que afirma que a Terra partilhou a sua órbita com um corpo de tamanho aproximado a Marte que após conseguir possuir massa suficiente para contrariar a força gravítica que a mantinha em órbita estável, colidiu com presente "Planeta Azul" levando á formação da Lua.

Os dois planetas fazem parte de um sistema planetário composto por quatro planetas, denominado KOI-730. Estes realizam ambos uma volta completa em torno da sua estrela tipo-Sol a cada 9.8 dias já que se localizam a somente 60 graus de distância um do outro na mesma órbita.

A existência de dois planetas que partilham a mesma órbita é possível quando um corpo (como por exemplo um planeta) que orbita um outro muito mais massivo (uma estrela) possui um terceiro corpo que orbita estavelmente localizando-se num dos dois pontos de Largrange (pontos ao longo da órbita de um planeta nos quais a força de gravidade deste e da respectiva estrela do sistema planetário se anulam).

Simulações feitas por Robert J. Vanderbei da Universidade de Princeton sugerem que os planetas vão continuar a orbitar em sincronia pelo menos durante os próximos 2,22 milhões de anos antes de uma lua poder ser formada devido a um "Big Slpash".


Para mais informações visite o site: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2011/03/1_koi_730.htm