sábado, 30 de abril de 2011

Titã...oceânica?



Sete anos de vigia constante pela sonda Cassini, que se encontrava na órbita de Saturno, levou a uma grande recolha de dados que mudaram maneira como encaramos este planeta e as suas luas. No entanto, o assunto mais falado ultimamente é referente á maior lua de Saturno, Titã, devido não só à sua meteorologia, mas também devido á sua completamente densa atmosfera que dificulta o estudo da superfície deste satélite natural. A Titã, tal como a nossa Lua, possui uma órbita similar em que mostra sempre a mesma face ao longo do seu trajecto.

Os dados recolhidos pela Cassini permitiram aos investigadores calcular o momento de inércia de Titã, o que por sua vez revelou algo de interessante: os resultados obtidos só são lógicos e correctos se for admitida a possibilidade de que o corpo sólido é mais denso perto da superfície do que no seu centro, o que não bate certo, tendo em conta o que sabemos acerca da formação dos planetas e satélites.
Rose-Marie Baland e os seus colegas do Observatório Real da Bélgica em Bruxelas formularam uma hipótese em que Titã não é sólido. O estudo deles para determinar se um modelo líquido é compatível com o modelo de inércia medido, teve como base a assumpção da presença de um oceano de água líquida por baixo da camada de gelo deste satélite.
No entanto, a química do oceano, factor importante no cálculo da sua porfundidade e da espessura da camada de gelo da superfície de Titã, sofre vários "ataques" por vários cientistas, em que por um lado admite-se que o oceano deve de ser constituido por água enquanto que outros assumem que o oceano é constituído por metano, já que este satélite possui enormes quantidades deste hidrocarbonato que é rapidamente quebrado pela luz solar, o que por sua vez implica o desaparecimento deste composto há muito. Porém, isto não se verifica já que Titã continua a possuir grandes quantidades de metano. Aqui entra então a possibilidade deste satélite possuir um reservatório/oceano de metano no seu interior.
Titã é realmente um satélite realmente interessante e desconhecido! Afinal ainda temos imensas coisas por descobrir aqui no nosso Sistema Solar.


Para mais informações sobre este assunto deixo-vos este endereço: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2011/04/19_tita_oceano.htm

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